A ginecologia é a especialidade da medicina que cuida da saúde e bem-estar da mulher desde a puberdade até a maturidade. O objetivo de consultar a ginecologista é a prevenção e o tratamento de doenças que acometem os órgãos pélvicos femininos. A recomendação é de que a faça pelo menos uma consulta por ano para manter sua saúde em dia.
A ginecologia geral trata das doenças mais comuns que mais afetam as mulheres sempre acompanhando as novas abordagens de tratamentos que estão sempre surgindo, como as cirurgias minimamente invasivas, sexualidade, métodos anticoncepcionais e outras novidades em medicamentos, por exemplo.
Exames realizados
- exame físico geral – Avaliar altura, peso e pressão arterial e outros problemas de saúde que a menina possa ter.
- exame genital externo – É o exame onde a médica examina a vulva. É uma maneira de a menina aprender sobre o seu corpo e os nomes de cada parte da região íntima.
- exame pélvico – O exame pélvico é dividido em três partes:
- Exame da vulva
- Exame da vagina e colo do útero com o auxílio de um espéculo, onde o médico coleta uma amostra de células do seu colo do útero com uma pequena espátula e escova. Essencial para a prevenção de câncer de colo de útero.
- Toque vaginal para avaliar os órgãos internos (útero e ovários) com uma mão enluvada.
Métodos Anticoncepcionais
São métodos anticoncepcionais todas as técnicas, dispositivos e medicações que reduzem o risco de engravidar. É importante esclarecer que, entretanto, nenhum método é considerado 100% seguro.
Métodos não-hormonais
Entre os métodos não-hormonais estão aquele em que a mulher terá a relação apenas fora do período de ovulação, a conhecida tabelinha, ou tendo a relação no período ovulatório não permitirá a ejaculação do parceiro dentro da vagina, método também conhecido por coito interrompido. Pelo difícil controle com precisão sobre a regularidade do ciclo ou sobre a ejaculação, além de outros fatores que interferem, esses métodos apresentam taxas de até 60% de falhas.
Entre os métodos não-hormonais com maior eficácia estão as técnicas de barreira, aquelas que envolvem o uso de algum método para impedir que o espermatozoide consiga adentrar o útero e chegar ao óvulo para fecundá-lo. São conhecidos a camisinha, o diafragma e os DIUs (Dispositivo Intra-uterino).
Métodos Hormonais
Entre os métodos hormonais de anticoncepção que têm como princípio evitar a ovulação por meio do controle da secreção natural pelo corpo dos hormônios sexuais femininos, se impede a ovulação deixando os ovários em “repouso”. Os hormônios devem ser constantes para manter níveis sanguíneos dentro de valores que impeçam o funcionamento dos ovários. Os riscos desse método envolvem o esquecimento de tomar a medicação na hora certa e/ou a interferência de alguns antibióticos e outras medicações na absorção destes hormônios.
Além das pílulas anticoncepcionais, uma opção de método hormonal é forma não oral, que pode ser por injeção intramuscular com doses mensais ou trimestrais, adesivo transdérmico com absorção pela pele, anel vaginal com absorção pela mucosa (pele) vaginal e implantes subcutâneos.
Métodos Definitivos
Os métodos definitivos são aqueles que bloqueiam o caminho do espermatozoide como a laqueadura tubária (amarrar as trompas) na mulher e a vasectomia no homem. São procedimentos cirúrgicos, sendo a vasectomia procedimento de baixa complexidade que muitos médicos realizam na própria clínica e a laqueadura envolve cirurgia abdominal que pode ser realizada por videolaparoscopia (cirurgia minimamente invasiva).
SOP
A Síndrome dos ovários policísticos (ou micropolicísticos), também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio hormonal associado a alterações nos ovários e até de pele na mulher.
A doença é caracterizada por menstruações irregulares, alteração na produção de hormônios masculinos e presença de micropolicistos nos ovários bilateralmente. De causa na maioria das vezes desconhecida, a hipótese é que ela tenha uma origem genética e alguma relação com a resistência Insulínica. Uma em cada quinze mulheres em idade reprodutiva tem SOP e a resistência a insulina atinge de 50 a 70% dos casos. Muitas vezes o grau de resistência insulínica pode estar associado a alimentação e sobrepeso da paciente. Sua manifestação em sintomas pode ser diversa, portanto, pacientes com queixas diferentes podem ter o mesmo diagnóstico.
A SOP está associada com o maior risco para o desenvolvimento de outras doenças no futuro como câncer de endométrio (tumor localizado na parede interna do útero), hipertensão e diabetes.
SOP – será que eu tenho? Conheça os sintomas!
Para a SOP ser diagnosticada é preciso que a paciente apresente dois ou três sintomas combinados, e que sejam excluídas outras doenças.Conheça os principais sintomas:
• Irregularidade na menstruação;
• Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen;
• Obesidade;
• Aumento de espinhas em rosto e corpo
• Escurecimento de áreas de dobra como axilas, virilha e Pescoço.
Com o tempo pode predispor o desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e aumentar a incidência de câncer de endométrio.
O diagnóstico é realizado através de exame físico, ultrassonografia e exames no sangue.
SOP – Tratamento
Depois de diagnosticada a SOP, Síndrome dos Ovários Policísticos, pode se iniciar o tratamento.
O foco do tratamento depende se o objetivo da paciente é engravidar agora ou não. Após esta decisão, iniciamos com o objetivo de melhorar os sintomas associados e diminuir o risco futuro destas pacientes.
Em casos que existe o sobrepeso associado, boa parte do tratamento é mudança de hábitos de vida e alimentação adequada, pois, quando se observa perda de mais ou menos 10% do peso atual, já ocorre uma melhora substancial dos sintomas.
Dentre os tratamentos que indicamos, os principais são: anticoncepcionais, medicamentos para diminuir os níveis de hormônios masculinos, medicamentos para melhorar a resistência insulínica e tratamento de doenças associadas.